segunda-feira, 16 de junho de 2008

O QUE VOCÊ FAZ QUANDO NÃO TEM NADA PARA FAZER?



Odeio o 'não ter o que fazer' no trabalho. Eu perco as contas de quantas vezes eu faço um quadrado ao redor da imagem do papel de parede do meu desktop, como se fosse a varinha de condão do Photoshop. Ou até mesmo quantas vezes eu abro as janelas minimizadas para ver se alguma coisa mudou, sabendo que está tudo na mesma.
Eu sou a primeira a reclamar que tem sempre muito trabalho, que nunca dá tempo, mas e quando dá tempo? O que eu faço com ele? Pensei em guardar num potinho para usar naquele dia que nada dá certo e o que eu quero mesmo é o colo da minha mãe. Mas não! Tenho que ficar aqui. Eu e a tela, a tela e eu. Eu até dou uma verificada no cabo da internet, porque é impossível não chegar nenhum e-mail! Mas realmente ninguém quer me escrever. Os e-mails bobos de correntes e piadinhas que já deram 3 voltas no mundo e voltaram para mim já foram novamente encaminhados, rumo às 4 voltas.
Mas também, eu vou para casa fazer O QUE? Assistir Malhação, Ciranda de Pedra, o trânsito de 182 km em SP que bateu os recordes, o casal Nardoni mudando mais uma vez de moradia e o Juvenal com sua grosseria desnecessária e sua hipocrisia invasiva? Devo dormir? São 15h45 e se eu dormir agora, é bem provável que eu acorde amanhã antes do despertador, o que me deixa puta da vida. Ainda mais quando só falta um minutinho. Aí é sacanagem. Só não vou dar aquela geral em casa porque a preguiça é maior do que a vontade de ter alguma coisa para fazer. Limpar a casa é algo que você tem que fazer e pronto. 'Tem' de obrigação, não de posse e isso não tem graça nenhuma.
A falta do que fazer rouba a minha criatividade, meus pensamentos, minha sanidade. Chega uma hora que ou eu grito ou eu engulo a minha língua. Já pensei em enfiar o dedo no olho, enfiar a mão na boca, mas nunca tive coragem pra realmente fazê-lo. Eu quero não ter o que fazer quando eu estou quentinha na minha cama, quando tô de férias, quando eu estou de mão dada com a minha mãe. Não quando estou ali, predisposta a realmente fazer alguma coisa e sou pega de surpresa pelo maldito ócio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Na falta do que fazer sempre temos que procurar algo para fazer. adorei seu texto!