terça-feira, 17 de junho de 2008

RESPINGOS DE OUTRORA

E eu, que sempre fui a favor do novo, não quis mais mudar. Quis ficar daquele jeito para sempre. Quis que nada tivesse mudado. Nem você, nem eu. Quis que aquele cheiro, aquela sensação durassem para sempre.

Era ali, naquela época, que eu não sentia saudade, porque era ali que eu deveria estar. Era ali que não existiam os sonhos, porque tudo ia se realizar. Era ali que toda a esperança, todo o brilho, toda a beleza ficaram presos, me deixando ir.

E meus pensamentos de hoje são escuros, em tons de cinza e são feios, sem vida. São lástimas de uns instantes que não voltam mais. São os restos do que um dia eu já fui.

E o que eu vejo, o que eu sinto passa a ser frio e comedido e não me satisfaz. E o que eu digo, o que eu penso nem sempre é o que meu corpo canta.

E em minh´alma ainda remanescem respingos de outrora, que me erguem, me resplandecem, me levam para onde eu deveria estar.

Um comentário:

Maria Loverra disse...

Até onde esses respingos são bons ou não a gente não sabe classificar, né? Só não pode virar o pescoço e olhar para trás, porque aí tudo fica cinza, frio e feio. Mesmo histórias de um passado tem que ser renovadas para serem consideradas novas, limpas, bonitas, coloridas.

Beijooss Danibaaaz que mora em sbc junto com a ana e etc etc HAHAH